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O dólar abriu em baixa nesta sexta-feira (11), com os investidores começando a repercutir os números da inflação brasileira em julho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país, subiu 0,12% no mês passado em relação a junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã.
Os dados vieram acima das expectativas do mercado, que previam uma alta menos expressiva, entre 0,01% e 0,08%. Esses números reforçam a ideia de que o Banco Central do Brasil (BC) pode levar mais tempo para reduzir a Selic, taxa básica de juros, com mais força.
Às 09h02, a moeda norte-americana caía 0,36%, cotada a R$ 4,8644. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve alta de 0,45%, vendido a R$ 4,8821, no maior patamar em pouco mais de um mês. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 0,15% na semana e de 3,24% no mês;
recuo de 7,50% no ano.
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A semana se encerra com a divulgação do IPCA no Brasil, que surpreendeu os analistas, vindo acima das expectativas. Em julho, a inflação subiu 0,12% na comparação anual e 3,99% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto as projeções apontavam para altas de, no máximo, 0,08% e 3,95%.
Essa aceleração da inflação vem após uma queda nos preços registrada em junho: naquele mês, o país teve uma deflação de 0,08%.
Em julho, a principal contribuição para o avanço dos preços veio do grupo de transportes, com destaque para a alta de 4,75% no preço da gasolina. Gás veicular e etanol também subiram, enquanto o óleo diesel foi o único combustível a apresentar queda. Os preços das passagens aéreas e dos carros novos também avançaram.
Mas transportes não foi o único grupo a subir no mês. Artigos de residência, educação, saúde e cuidados pessoais e outras despesas pessoais também tiveram alta. Já os grupos de alimentação e bebidas, habitação e vestuário tiveram queda nos preços. Comunicação não variou.